Base Educom
Base Educom
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

História da Educomunicação no município de São Paulo

História da Educomunicação no município de São Paulo
Gláucia Silva Bierwagen
set. 8 - 5 min de leitura
000

Por Carlos Lima, Gláucia Silva Bierwagen

A formação educomunciativa na rede municipal de ensino de São Paulo tem início com a implantação do projeto Educom.Radio em 2001, com a criação da Lei Educom, que tinha por objetivo formar educadores que desenvolvessem atividades e projetos educomunicativos nas escolas. Em 2016, a rede municipal foi reconhecida como primeiro setor de Educação Midiática do país em uma Secretaria de Educação, tem seu desafio de superar as barreiras da pandemia da COVID na Educação. 

A formação continuada a profissionais de educação é prevista na LDB (BRASIL, 1996, 2020).  Oferecer formação de processos educomunicativos é oferecer acesso a conhecimento e refletir sobre a cultura do estudante e refletir sobre o papel do professor como mediador do processo de aprendizagem. Neste sentido, a formação tende a dialogar com o desenvolvimento de projetos e a articulação com o currículo.

A formação educomunicativa na Rede Municipal de Ensino de São Paulo tem início com a implantação do projeto Educom.Radio em 2001. Iniciativa para promover redução da violência nas escolas mais vulneráveis da cidade de São Paulo, desenvolvida pela Universidade de São Paulo pelo Núcleo de Comunicação e Educação que após 4 anos de desenvolvimento com atendimento a 11.000 participantes entre professores, estudantes e membros da comunidade, a proposta torna-se política pública de educação com a criação da Lei 13.941 – Programa Educom – Educomunicação pelas Ondas do Rádio.  Um dos objetivos do programa  é  “ capacitar os servidores públicos municipais em atividades de educomunicação”. 

 A continuidade do processo de formação se deu em 2009 com a criação do Programa Nas Ondas do Rádio (SÃO PAULO, 2009) que estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento de projetos da rede e a realização de formação continuada de profissionais de educação para atender a diversidade de projetos e públicos da educação básica atendida pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

O Programa Nas Ondas do Rádio foi o marco institucional da Rede Municipal de Ensino para apoiar a  sistematização da formação em Educomunicação para a Rede. Para este processo foram contratados formadores especialistas em Educomunicação para desenvolver proposta de formação para a Rede. O 1º curso desenvolvimento foi a proposta Gestão de projetos de Educomunicativos  que tinha como aspecto principal o atendimento a necessidades de implementação de projetos de  ampliação da jornada escolar dos estudantes do ensino fundamental.

A proposta consistia em oferecer em 32 horas de curso os conteúdos: Design Gráfico, Jornal, Fotografia, Rádio, Produção de Projetos. Estes conteúdos além de linguagem alinhou uso de tecnologias digitais. A proposta do curso é promover a prática para alcançar a teoria  e não o contrário. 

Dez anos depois da implementação desta proposta formativa o Núcleo de Educomunicação que se constituiu em 2016 como primeiro setor de Educação Midiática do país em uma Secretaria de Educação, tem seu desafio de superar as barreiras da pandemia da COVID na Educação. 

No ano em que o mundo e em especial a Educação  sofria com  perdas de vidas e medidas de isolamento  social, as escolas fechavam suas portas e sua interlocução  com os estudantes  chegavam pelas telas de computadores, tabletes e principalmente por celulares. Aliás, este último  era alvo em muitas cidades brasileiras  como recurso proibido na escola que em São Paulo ganhou uma lei com penalidades previstas e adotadas pelos Conselhos Escolares (SÃO PAULO, 2009)

A compreensão  do Núcleo de Educomunicação em relação ao uso de recursos móveis como celulares na educação vem antes da pandemia. O projeto de Educomunicação Agência de Notícias Imprensa Jovem incentiva o uso na produção de conteúdos midiáticos pelos estudantes, tendo em vista que muitas vezes era o recurso que os estudantes tinha em mãos para realizar atividades como por exemplo: entrevistas, reportagem, captação de vídeo, registros fotográficos,  publicização e compartilhamento das sua produções nas redes sociais. A ampliação dos usos com foco pedagógico era objeto das formações de professores que  fariam o processo para estudantes para uso crítico e reflexivo do equipamento. 

 

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasil: Congresso Nacional, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lis/l9394.htm. Acesso em: 12 jun. 2021. 

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica. Brasil: MEC/CNE, 2020. Disponível em: https://portal.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-1-de-27-de-outubro-de-2020-285609724. Acesso em: 12 mai. 2021.

SÃO PAULO. Portaria nº 7.991, 13 de dezembro de 2016. Programa Imprensa Jovem. Disponível em: https://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10284&friurl=_-Portaria-no-7991- DOC-de-14122016pagina-09-_. Acesso em: 20 jan. 2021.

SÃO PAULO. Portaria nº 5.792, 05 de dezembro de 2009. Programa nas Ondas do Rádio. Disponível em: http://www.cca.eca.usp.br/politicas_publicas/sao_paulo/portaria_5792. Acesso em: 20 jan. 2021.

SÃO PAULO. Lei nº 13.941, 28 de dezembro de 2004. Programa Educom. Disponível em: http://www.cca.eca.usp.br/politicas_publicas/sao_paulo/lei_educom. Acesso em: 10 fev. 2021.

Imagem disponível no site da Secretaria Municipal de Educação de SP

 


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você