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Eleutheromania, um intenso e irrepreensível desejo por liberdade

Eleutheromania, um intenso e irrepreensível desejo por liberdade
Andrew Urbano Silva
set. 29 - 4 min de leitura
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Oi! Eu sou o Andrew, sou estudante de educomunicação da turma de 2019 e técnico em audiovisual. Durante todo meu processo como educomunicador, meu principal meio de expressão é o audiovisual, e por ele, abordo assuntos da minha existência.

 

Eleutheromania


Pensando na criação de Eleutheromania (um intenso e irrepreensível desejo por liberdade) uma inquietação resume o sentimento que tive durante todo o processo: “Quando perguntam se nós LGBTs somos gays, lésbicas, bi, trans etc… ninguém está interessado em nos ajudar, ou saber como estamos, só querem nos colocar em uma caixa”.

Com esse pensamento e revisitando diálogos com amigos eu resolvi começar o processo de criar o Eleutheromania, com um desafio: Uma semana para a realização para lançar no dia do orgulho LGBT+ em uma companhia de arte do Rio de Janeiro - Cia 2 Banquinhos - em um evento online.

A Cia 2 Banquinhos é uma companhia de artistas do Rio de Janeiro que atuam em várias frentes, fundados por dois palhaços que criam eventos, peças de teatro e etc.

Com essa inquietação permeando todo o processo, resolvi falar sobre o período infanto-juvenil, por ser um momento em que a sexualidade aflora e começamos a ser mais introspectivos com esses assuntos. Reuni algumas pessoas baseado em minha proximidade com elas e a partir daí encontrar diferenças e pontos em comum para costurar a narrativa do filme.

O processo prático foi simples: por meio de mensagens, conversaria com esses amigos, escolhidos por mim. como critério de escolha a afinidade que tinha com eles, e funcionaria como uma entrevista para documentário, orientei para que reservasse um tempo para responder de forma síncrona e sempre por meio de áudios. Eu abordei sempre o período escolar, como era a relação dessa pessoa com a escola, com as brincadeiras da época, sua relação familiar e com amigos e sua experiência com sua sexualidade nesse período.

E então, feita a entrevista, pedi para que me mandassem fotos do período infanto-juvenil para que essas compusessem a imagem do filme.

 

Durante a edição desses arquivos, resolvi que precisava de uma música, então em contato com dois musicoterapeutas (Thays Kristye e Fábio Sena) começamos a pensar esse elemento do filme. Eu mandei o primeiro corte e eles compuseram a música com as referências apresentadas e num processo de assistir-compor ao mesmo tempo. Após a finalização eu fui percebendo que o filme também funcionava como uma música, então muitas vezes eu parava, colocava o filme pra tocar e ia fazer outra coisa, ouvindo os discursos com o instrumental.

O filme foi veiculado em um evento para o mês do orgulho LGBT+ na companhia Cia 2 Banquinhos, em uma live no youtube. Um mês depois foi escolhido para passar em uma mostra não competitiva online o Cindie Festival.

Fiquei muito emocionado quando recebi o email do festival admitindo a mostra do filme, também participei da mesa do FZDZ da ECA, o Fazendo e Desfazendo gênero na ECA, que me convidou para exibir o filme junto a mais 2 produções audiovisuais e discutir sobre a pauta gênero e sexualidade. 

 

  • Um filme de Andrew Urbano
  • Agradecimentos: Gabriel Razo, Gustavo Gonçalves, Kalef Castro, Mateus Ruivo, Pedro Castro, Thais Thereza, Valentina Souza, Verônica Lopes, Victória M.
  • Trilha sonora por Fabio Sena e Thays Kristye
  • Arte de Priscila Braga

 


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